(ENEM - 2023)
TEXTO I
Alegria, alegria
| O sol nas bancas de revista | |
| Me enche de alegria e preguiça | |
| Quem lê tanta notícia | |
| Eu vou | |
| Por entre fotos e nomes | |
| Os olhos cheios de cores | |
| O peito cheio de amores vãos | |
| Eu vou | |
| Por que não, por que não? |
VELOSO, C. Alegria, alegria. Rio de Janeiro: Polygram, 1990 (fragmento).
TEXTO II
Anjos tronchos
| Uns anjos tronchos do Vale do Silício | |
| Desses que vivem no escuro em plena luz | |
| Disseram vai ser virtuoso no vício | |
| Das telas dos azuis mais do que azuis | |
| Agora a minha história é um denso algoritmo | |
| Que vende venda a vendedores reais | |
| Neurônios meus ganharam novo outro ritmo | |
| E mais, e mais, e mais, e mais, e mais |
VELOSO, C. Meu coco. Rio de Janeiro: Sony, 2021 (fragmento).
Embora oriundas de momentos históricos diferentes, essas letras de canção têm em comum a
referência às cores como elemento de crítica a hábitos contemporâneos.
percepção da profusão de informações gerada pela tecnologia
contraposição entre os vícios e as virtudes da vida moderna.
busca constante pela liberdade de expressão individual.
crítica à finalidade comercial das notícias.